Biomarcadores de Eletroencefalograma Baseados em Conectividade Cerebral para Diagnóstico Automatizado da Doença de Alzheimer

  • Docentes: Francisco Fraga.
  • Agência Financiadora: CNPq.

A doença de Alzheimer (DA), caracterizada pela presença de emaranhados neurofibrilares e placas senis no cérebro, é um tipo de demência que acomete uma grande parcela da população idosa, com uma incidência que tem aumentado significativamente nas últimas décadas. Assim, a detecção precoce da DA torna-se uma questão de saúde pública, pois permite iniciar um tratamento que pode retardar significativamente a progressão da doença. Além disso, na linha de procurar um diagnóstico realmente antecipado, o comprometimento cognitivo leve (CCL) tem se mostrado um importante fator de risco no desenvolvimento da doença. O tratamento no período prodrômico (CCL) pode mitigar os déficits advindos da progressão da doença. Técnicas clínicas de diagnóstico atualmente atingem taxa de acerto em torno de 90% na classificação entre casos e controles. No entanto, elas exigem a aplicação de uma extensa gama de recursos que limitam a aplicação sistemática desse tipo de teste para grande parte da população idosa com suspeita de prejuízos na memória ou declínios cognitivos sutis. A eletroencefalografia quantitativa (EEGq) é um método promissor para superar esta limitação, pois tem larga disponibilidade, baixo custo e utiliza procedimentos de aplicação relativamente simples.  Neste projeto de pesquisa pretende-se desenvolver, aprimorar e validar marcadores biológicos baseados na análise de ferramentas de conectividade cerebral no EEG para diagnosticar precocemente e com acurácia o CCL e a DA. Bases de dados internacionais de pacientes e controles foram disponibilizadas pelo grupo de pesquisa parceiro da Universidade de Roma “La Sapienza”.